A liderança da carteira voltou para a Vale, devido à expectativa de uma retomada da demanda por minério de ferro. No mês passado, as ações da mineradora estavam na seleção, mas perderam o posto de líder para os papéis do Itaú Unibanco. Em outubro, no entanto, isso se inverteu e a Vale aparece com sete indicações e o banco, com cinco.
O setor financeiro, que no mês passado também contou com B3 e Bradesco, perdeu força na seleção de outubro. Já as ações de Rede D’Or (indicadas quatro vezes), Petrobras, Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) e Lojas Renner (apontadas três vezes cada uma) continuaram na lista.
As novidades ficam por conta de Itaúsa, apontada quatro vezes; JBS, indicada por três corretoras; o ETF IShare S&P 500, que acompanha o índice da bolsa americana S&P 500, também indicado três vezes; e Gerdau, indicadas por duas casas.
Novidade na carteira de outubro, o ETF IShare S&P 500 replica um dos índices mais importantes do mercado americano e é um dos mais negociados da B3. Para Alexandre Marques Filho, da Elite Investimentos, tê-lo na carteira representa uma proteção cambial, além de diversificação, já que expõe o investidor ao cenário externo. De acordo com ele, no ambiente interno, questões políticas e fiscais continuam a pressionar a cotação do dólar, enquanto crise hídrica vem afetando negativamente as perspectivas para o PIB e pressionando os custos das empresas e famílias através dos aumentos das tarifas de energia. “No ambiente externo, o início da retirada dos estímulos monetários nos EUA também ajuda ao fortalecimento do dólar”, afirma, em referência à esperada redução do volume de compras de ativos pelo Federal Reserve, o banco central americano.
Fonte: Valor Econômico